sexta-feira, 6 de junho de 2014

ILUSÃO

Ilusão

Chegaste de mansinho,
Em pés de veludo,
Minha alma sedenta,
Sem quimeras,
Abriu fresta no aljube.
Passo a passo
A água infiltrou-se,
As raízes da ilusão,
Cresceram,
Invadiram todo o meu ser.
Cresceram-me as asas,
Qual crisálida,
Meio entorpecida,
Esvoaçando de flor em flor.
Mesmo com os medos
Da vida,
Esqueci-me dos pés,
Como era belo
Um mundo só de amor.
As tuas mãos
Foram as asas
Do meu borboletar
De flor em flor.
A inquietação das novas cores,
Dos odores e sentidos,
Era tão grande...
Esqueci,
Quão curta é
A vivência
Da mariposa e da flor.
Gia  (Jun.2014)